“O que o povo de Búzios precisa é de educação de qualidade pra parar de depender de político pra arrumar emprego. E existem políticos que dependem desse modelo pra garantir suas eleições.”
Claudio Mendonça, Secretário de Educação
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“Achar que um professor está se trocando por emprego; é pensar muito levianamente sobre o nosso povo”.
Felipe Lopes, Vereador
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Não há mais como retroceder, o confronto é iminente e pelo o que foi visto até agora na Câmara, nas mídias sociais e nas ruas, a relação entre o secretário de Educação, Claudio Mendonça e o vereador, Felipe Lopes já está inviável e segue em rota de colisão política transformando a ‘educação de Búzios’ nesse início de mandato, numa sopa de letrinhas confusa, cheia de rótulos, desculpas, filosofias e até insinuações de fisiologismo.
De fato, o início da gestão do secretário não foi feliz, especialmente no que diz respeito à falta de professores e as condições que os alunos encontraram as escolas nesse início de ano letivo; e o que se ouviu ou viu sobre isso, foram desculpas e justificativas que soaram bem aos ouvidos, mas que na prática não convenceram.
O secretário ainda é visto por muitos como um astronauta que chega a Marte e não sabe da ausência de oxigênio naquele planeta. Essa ausência de informação política/cultural ‘local’ tem sido um dos pontos desfavoráveis ao secretário, que até agora, a não ser pelo embate, não descobriu como lidar com estes temas ainda desconhecidos. Em nome do que o vereador Felipe Lopes, seu principal crítico, considera como “impessoalidade” - que segundo o vereador foi o critério usado para a escolha dos professores temporários - já se ouve do secretário, expressões como ‘nativismo’ e ‘clientelismo’ no que pode ser uma tentativa urgente de tentar separar em partes a opinião popular para agregar apoio à sua posição política para a este tema.
O nervo dolorido desse embate entre o vereador e o secretário, foi o processo seletivo para professores, que para a população, profissionais da educação e vereadores ainda não está claro, especialmente quanto aos critérios utilizados para a seleção desses profissionais que não se sabe quais foram. Isto já foi alvo de requerimento proposto pelo vereador Felipe Lopes, aprovado em plenário da Câmara na última quinta-feira, que solicita ao executivo, informações integrais deste processo.
O vereador alega em seus argumentos que este processo desfavoreceu o profissional que reside em Búzios, - há relatos de professores qualificados e experientes que residem no município que foram desclassificados, e de recém-formados com residência fora de Búzios que obtiveram a seleção no processo. Relatos como esses e outros se proliferam, alguns insinuando favorecimento na escolha de eleitores que votaram no prefeito, e que levou o vereador Felipe Lopes a fazer um discurso pela valorização do professor local, com duras críticas ao processo seletivo implementado pelo secretário, inclusive, segundo o vereador, considerado como um ato covarde contra o professor da cidade:
- Se a gente não atentar para isso, se a gente não usar esta tribuna que é aonde nossa voz pode ser ecoada, senhores vereadores, nós estaremos sendo coniventes com esta bagunça que está aí. – Disse o vereador na tribuna.
O secretário se defendeu atacando, e sem citar nomes, chegou a insinuar clientelismo e exercício de poder político para manutenção de privilégios, disse também em comentário aqui no blog, que esse “esse modelo clientelista contraria o interesse de alguns políticos:
- E tem um punhado de pessoas de espírito miúdo que só pensa, fala e se preocupa com emprego para si, indicação de apaniguado e/ou exercício do poder político na base do clientelismo e do favorecimento. Na fachada do nativismo se esconde a luta pela manutenção dos privilégios. – postou o secretário em seu perfil no Facebook.
A Educação não pode ficar refém desse conflito que só tende a piorar
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A guerra está travada e vai demandar habilidade política do executivo para contornar esta crise política que já se instala entre um membro do executivo e do legislativo. O vereador Felipe Lopes, como professor, tem uma bandeira política definida e legitimada pelas manifestações de apoio popular que vem tendo sobre esta questão. Independente de ser nativo ou não, o profissional e o morador que residem em Búzios, de maneira geral já aderiu ao argumento do vereador que reforça a importância da mão de obra qualificada de Búzios em benefício da economia local. Se a intenção por trás disso tudo – como disse o secretário - é o exercício do poder político para favorecimento e clientelismo, isso deverá ser fiscalizado no devido tempo.
O secretário ainda busca uma forma de comunicar ao cidadão a sua política para a educação mas ainda não obteve êxito em se fazer compreender, talvez pela complexidade do seu projeto ou pela dificuldade de traduzi-lo ao nativo e não-nativo; e diante dessa dificuldade e das contestações de suas ideias tenha optado pelo caminho mais difícil: o embate
Tudo indica pelo que foi visto até agora, que os espinhos estão no caminho entre o secretário de educação e o vereador que representa uma classe importante da cidade. A Educação não pode ficar refém desse conflito que só tende a piorar, e o governo vai precisar entrar com a régua e o compasso para definir esta situação.
Infeliz vereador que não enxerga o que é melhor para o povo.
ResponderExcluirUm grupo criado no FB para troca de ideias entre os concursados está sendo alvo de ofensas de moradores de búzos do tipo "" VOCÊ É UMA CRIATURINHA RIDÍCULA POR TUDO QUE SE PODE DEPREENDER DA SUA PESSOINHA SOFRÍVEL. VOCÊ AINDA TEM MUITO O QUE APRENDER SOBRE VIABILIDADE. AGORA, ESQUEÇA QUE EU EXISTO. JÁ BLOQUEEI VOCÊ E JOGUEI AS SUAS POSTAGENS NA LIXEIRA, QUE É ONDE VOCÊS DEVEM ESTAR"" . A ofensa foi escrita pela FAKE Sophia dos Santos.
ResponderExcluirConcordo com o secretário que é necessário extirpar esse clientelismo endógeno de nossa região. Contudo, não entendi quais foram os critérios empregados para a seleção dos professores contratados. Conhecidos meus, com vasta experiência no magistério, com mestrado e doutorado, ficaram bem abaixo de pessoas recém-formadas e que não possuem nem dois anos de atuação na área. Outra questão que achei estranha foi o fato da maior parte dos candidatos não ter currículo lattes, quando um dos requisitos da seleção foi justamente a análise do lattes.
ResponderExcluirLarissa
CONCORDO COM O SECRETÁRIO QUANDO DIZ: "O que o povo de Búzios precisa é de educação de qualidade pra parar de depender de político pra arrumar emprego. E existem políticos que dependem desse modelo pra garantir suas eleições.”
ResponderExcluirOlhem e tirem as suas conclusões sobre quem é esse venal secretário...
ResponderExcluirUma matéria de um vereador do PSOL de Niterói http://mandatorenatinhopsol.blogspot.com.br/2011/04/vereador-renatinho-quer-que-fme.html
tem mais...
http://oglobo.globo.com/educacao/professores-estaduais-fazem-enterro-simbolico-do-secretario-de-educacao-4592460
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/09/26/niteroi-tem-mais-comissionados-que-23-capitais-brasileiras-327397.asp
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/08/28/sindicancia-constata-superfaturamento-na-prefeitura-319700.asp
http://oglobo.globo.com/rio/bairros/posts/2010/07/03/educacao-cria-comissao-para-investigar-licitacao-305225.asp
só do O Globo!
ele era secretário de garotinho
respondeu por desvios da verba da merenda escolar quando respondia pela a FAETEC
por isso a alcunha de "Merendinha" que os professores que sabem disso, o apelidaram...
Felipe é um dos maiores camaleões que existem, o secretário é LADÃO e DESVIOU dindin da merenda, estamos F...!
ResponderExcluirO secretário tem mais é que trabalhar por uma boa educação. Ele está sendo pago pra isso. E o vereador fiscalizar, pq tb está sendo pago pra isso.
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