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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Os Militares da Democracia: os militares que disseram Não




Excelente documentário dirigido pelo documentarista e historiador Silvio Tendler. O filme faz parte do Projeto "Marcas da Memória" da Comissão de Anistia.

Sinospse:

Eles lutaram pela Constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, mas a sociedade brasileira pouco ou nada sabe a respeito dos oficiais que, até hoje, ainda buscam justiça e reconhecimento na história do país. Militares da Democracia resgata, através de depoimentos e registros de arquivos, as memórias repudiadas, sufocadas e despercebidas dos militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Otavinho: “Nosso vereador custa 600m2 de paralelo por ano”


Por Alan Camara

Este artigo, o primeiro de uma série que será publicado neste blog, tem o objetivo de avaliar numa perspectiva histórica e comparativa, os acontecimentos políticos e culturais dos últimos 23 anos de Búzios como município. A intenção é utilizar fontes, como jornais, fotografias, documentos oficiais, personagens, eventos, entre outros, observando as mudanças culturais e políticas que aconteceram durante este período e compará-las com o cenário atual. Este artigo, por exemplo, utiliza como fonte, uma entrevista publicada no Jornal O Perú Molhado feita com o arquiteto Octávio Raja Gabaglia, em junho de 1996, alguns meses após a emancipação de Búzios.
Às vésperas das eleições de outubro de 1996, Búzios se preparava para eleger seu primeiro prefeito e sua primeira câmara de vereadores. A cidade ainda respirava os ares de sua independência político-administrativa de Cabo Frio — em 12 de novembro de 1995 – e vivia, o que se pode chamar “os anos dourados” da história de Búzios. Havia no imaginário coletivo do buziano a idealização de uma cidade próspera, que finalmente seria capaz de decidir sobre seus rumos sem a interferência dos políticos cabo-frienses.
Alguns nomes começavam a surgir como expoentes da nova política buziana, ora porque participaram do processo emancipatório, ora porque já se destacavam como políticos tradicionais. Um deles, Octávio Raja Gabaglia, conhecido popularmente como Otavinho, uma das figuras mais importantes da política local naquele período.  Otavinho foi eleito representante de Búzios como vereador em Cabo Frio (1983-1988) e por ter exercido seu mandato nos anos que eclodiram os movimentos emancipacionistas, figurou como personagem importante dentro do processo. Otavinho era vereador quando foi entregue à Câmara de vereadores de Cabo Frio, em 1985, o “Manifesto dos Oito”, documento redigido por um grupo de entusiastas emancipacionistas, considerado um dos primeiros passos que levaria à emancipação. Otavinho foi eleito como vereador nas eleições de 3 de outubro de 1996 e teve seu mandato cassado por dupla filiação partidária, assunto que será mais detalhado em outra oportunidade.
Otavinho era figura recorrente na imprensa buziana, especialmente no Jornal O Perú Molhado, que lhe dedicava periodicamente páginas para entrevistas ou opiniões, nas quais tinha por hábito analisar incisivamente as personagens e os cenários da política, naquele período, ainda em estágio embrionário de formação. Por ter sido figura importante no processo urbanístico da cidade — sua formação é arquitetura —, numa conjuntura na qual a simplicidade intelectual era predominante e, consequentemente, até certo ponto, ausente de outras vozes que pudessem refutar suas ideias e conceitos, Otavinho construiu durante os anos o status de principal formador de opinião para assuntos da política e da cidade. 
Suas críticas, ilustradas por metáforas de cunho urbanísticas, direcionadas aos pretendentes a cargos públicos, mais especificamente aos candidatos a vereadores que proliferavam por todos os lados, ainda estão completamente atualizadas, não por clarividência, mas pelo cenário político buziano não ter sido alterado em nada nesses 23 anos de emancipação. Nas palavras de Otavinho: “Nós temos candidatos, candidatos a candidatos, mas ninguém diz ao que veio.” 

“Nós contra eles”
É interessante observar nos jornais do período as dúvidas e os anseios do cidadão buziano em relação aos rumos que o novo município parecia tomar. A emancipação político-administrativa se deu como resultado da união de todas as camadas da sociedade e juntou classes sociais diferentes num mesmo objetivo. 
Após a vitória do “SIM”, em 12 de novembro de 1995, essas classes retornaram às suas posições originais e cada uma tratou de projetar seus interesses no novo município. Foi nesse contexto que o sentimento do “nós contra eles” começou a ser percebido, inicialmente no campo político-partidário, depois, nas relações sociais entre os “nativos e forasteiros”, que enxergavam horizontes diferentes para Búzios.  
Em 1996, o buziano ainda caminhava na lama e caia nos buracos. A cidade não tinha 20% de sua malha viária pavimentada e esta era uma das principais urgências para que o município pudesse dar seus primeiros passos em solo seco. Isso pode ser observado na entrevista em que Otavinho usa de suas metáforas para comparar o custo do vereador e do paralelepípedo: “Você sabe quanto custa um vereador para Búzios, só em custo direto? Só estou falando do salário que ele recebe, nada de telefone, assessor? 54 metros de rua calçada, com 5 metros e meio de largura, em paralelepípedo, por mês. Então, 600 m2 de paralelo por ano.” 
Em 2019 um vereador buziano custa aos cofres públicos 7.429,95 reais mensais, sem contar assessores, celulares e penduricalhos que recebe. Por ano, o custo de um vereador em Búzios chega a 96.589,35 reais. O preço do metro quadrado de paralelepípedo, segundo tabela 2019 da EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro) é de 80 reais. Seguindo o raciocínio de Otavinho, somente o salário anual de um vereador de Búzios em 2019 permitiria ao município pavimentar 1.200m2 de paralelepípedo: uma rua!
A câmara de vereadores de Búzios não representa o cidadão
Atualmente pavimentação deixou de ser uma necessidade urgente. Apesar de não ter a malha viária pavimentada em sua totalidade, vias importantes já foram contempladas. Porém, novos obstáculos surgiram, especialmente no que diz respeito à probidade com a coisa pública, e fizeram aumentar antigos problemas, especialmente na educação e na saúde. Nesse ponto, o papel do vereador como fiscalizador dos atos do Executivo é de fundamental importância.   
Nos 23 anos de emancipação, com excessão de alguns lampejos, a atuação dos vereadores não desmentiu as palavras de Otavinho. A câmara de vereadores de Búzios sempre atuou no “limite seco” no que diz respeito ao padrão de atuação institucional esperado, ou seja, muito abaixo do nível de satisfação no qual o cidadão se sente representado. 
Numa análise simples, o Legislativo buziano é uma instituição que se omite de sua principal função: fiscalizar; corrigir as ações do Executivo, quando essas se desviam de seu curso correto e lícito. Por exemplo, ao contrário do que se pensa, é graças à atuação efetiva da Câmara que processos traumáticos, como impeachment, podem ser evitados. Quando há independência do Legislativo, e isso se traduz em fiscalização do Executivo, o cidadão é posto na posição central dessa relação.

  

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Câmara de vereadores emite comunicado sobre impasse político e internautas respondem



Em comunicado sobre crise política em Buzios , Câmara de vereadores dá um tapinha nas costas do buziano e diz: é assim mesmo, vai passar.
Vejam o que os internautas responderam na página oficial da Câmara de vereadores no facebook



Darci Sales A população já não aguenta mais as mentiras e esse vai e vem de dois homens que nesse entra e sai não faz nada a não ser ficar tapando o sol com a peneira, e vocês vereadores do amém que deveriam ficar ao lado do povo só sabem fazer birras com quem tem lutado sozinha mostrando a safadeza que está acontecendo na cidade!

Renata Cristiane de Oliveira Essa nota não pode ser escrita na TL???

Maike Rodrigues Interesse público ou na verdade, o pessoal? ???

Vivi Souza Engraçado é que logo no início do mandato dessa Câmara houve uma negligência da maioria dos vereadores quando se negaram ao pedido de impedimento do Prefeito em questão. Não é preciso lembrar os nomes que fizeram parte dessa história. Então... vcs são conivententes sim!
( Mais uma vez, digo que a paralisação é com S)


Eduardo Moulin Os principais responsáveis por esta instabilidade no governo são os senhores por deixar chegar a este ponto, oportunidades tiveram mais de uma vez de retirar o Governo porem decidiram se juntar a ele!

Lucas Pereira Dos Santos Me desculpe a câmara e me desculpe vereadora. mas isso ta pior que qualquer cabaré que já existiu.
enquanto isso a cidade que já não andava bem vai de mal a pior.
turismo perdendo força.

violência aumentando.
ruas piores que muita cidade que não recebe nem um decimo que búzios recebe.
Eu lucas pereira dos santos.
filho de lígia e lúcio(nego pipoqueiro)
Tenho vergonha. vergonha não da cidade. mas dos políticos que ela administram. isso inclui a briga de galo(dos dois prefeitos.) e de vocês. que a mais de 1 ano veem essa situação e nada fazem. pelo contrario. puxam sardinha pro lado que vocês consideram melhor. e esquecem da cidade.
cidade essa que esta prestes a completar 25 anos.
E ninguém ver o potencial que esta cidade perde ano apos ano. com continuo prefeitos e vereadores que viram o bem próprio e tentam força a barra dizendo que estão atras do interesse publico.
no dia que eu ver vocês indo de transporte publico ao trabalho. e resolverem todos os problemas de saúde de vocês e educação dos filhos de vocês como um cidadão do qual vocês tanto juram, e afirmam perante Deus e o mundo que se preocupam. eu começo a acreditar em vocês.

ARMAÇÃO DOS BÚZIOS 
TRISTE CIDADE RICA.
onde suas riquezas se perdem como muitas outras em prol do poder $$$


Gerson Sampaio a população tem é que ir pra rua pra acabar com essa palhaçada,esse vai é vem da cadeira não ta tendo nem marcação de consulta,,búzios ta um cachorro sem dono..😡


Rafael Dias 100% de renovação pro legislativo. E o único jeito!!

Marilene Rabello Piada. Façam como a Gladys Nunes. Cobrem de verdade. Sejam o que são pagos pra fazer e não com propina, cargos e toma lá dá cá. Hipocrisia

Marcos Silva Sobre o penúltimo parágrafo da NOTA OFICIAL: poderiam diligenciar sobre as condições da nova UBS da Ferradura, considerando as alegações da ASCOM da Prefeitura de Búzios: "...foi constatada que o local não está em condições de iniciar o atendimento para população." (https://bit.ly/2XN57W4) O que é isso senão resultado da instabilidade política que se instalou no município? O Conselho Municipal de Saúde está até a presente data aguardando o envio de informações para elaboração de parecer sobre as contas do exercício de 2018.

Link:
https://www.facebook.com/camarabuzios/photos/rpp.779483148747668/2688052437890720/?type=3&theater

quinta-feira, 11 de julho de 2019

André e Henrique: a Câmara de vereadores vai fazer o quê?



Se houvesse em Búzios um Poder Legislativo que atuasse com independência e com a estatura que a instituição exige, poderia, como parlamento, mediar este conflito jurídico entre o prefeito e o vice-prefeito. Um cessar-fogo! É necessário buscar uma alternativa para esta crise; um acordo entre o prefeito e o vice, para que esta gangorra jurídica não afete o cidadão. Não seria interessante manter a mesma estrutura administrativa? Manter cargos comissionados essenciais para o funcionamento da administração?
Cadê o legislativo? Não tem!