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domingo, 10 de março de 2013

Reage Turismo

"Se até hoje faltou à Secretaria de Turismo orçamento necessário para a execução de uma modesta campanha no mercado brasileiro, este problema aparentemente não existe, visto que a mesma dispõe de orçamento de cinco milhões de reais para este ano"

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Publicado na última edição do O Perú Molhado


Isac Tillinger
Ao contrario de muito dos meus pares, acredito que a redistribuição dos royalties com os demais estados não produtores são favas contadas, e os ricos recursos distribuídos às prefeituras sofrerão uma redução considerável. Administrar Búzios sem os recursos hoje repassados, vai se tornar uma missão que irá requerer dos administradores atuais um bom nível de profissionalismo e rigor nos gastos públicos. No nosso caso o caminho é de fácil entendimento. Não temos outra fonte de receita que não seja a atividade turística, e aí é o 'xis' da questão. 

 Não se trata aqui de cobrar realizações de um governo de tem pouco mais de dois meses de exercício, isso seria uma incoerência de minha parte. Agora o que podemos, e devemos cobrar da equipe da Secretaria de Turismo, é uma proposta clara de nossos rumos. Se não deu tempo para executar ( o que é obvio), já passou do tempo de apresentar ao empresariado buziano, quais são os nossos projetos de curto, médio e longo prazo para a atividade turística. 

As medidas de repressão adotadas na organização do turismo foram bem vindas, mas representam quase nada. Tivemos uma temporada marcada pelo turismo de vizinhanças ( com todo o prejuízo que representa este publico), uma ocupação decadente na hotelaria e baixo tíquete médio no comercio em geral. Faz-se necessário com urgência um plano de marketing de guerrilha para enfrentar a baixa temporada. Sem duvida o mercado nacional deverá ser o alvo prioritário destas ações. Se até hoje faltou à Secretaria de Turismo orçamento necessário para a execução de uma modesta campanha no mercado brasileiro, este problema aparentemente não existe, visto que a mesma dispõe de orçamento de cinco milhões de reais para este ano, devidamente aprovados e alocados dentro do orçamento municipal. 

Vale salientar que esta importância é maior que o orçamento da SECTUR nos últimos quatro anos. Entendo que os atuais dirigentes não são experts em turismo, o que por si só já é um problema. Mas temos que supor que o turismo não sendo sua especialidade, seria de bom tom assessorar-se com pessoas do ramo, e mostrar que realmente ser gestor é alocar pessoas no lugar certo e a partir dai impulsionar o turismo de forma adequada. 

Durante vários anos mantivemos estreito contato com as associações empresarias notadamente o BCVB (Convention Bureau), AHB e APB, que resultaram, embora modestamente, em avanços no turismo local. Tá na hora de todo mundo se juntar e discutir um projeto de venda do produto Búzios. O empresariado sabe o que quer, faltam-lhe recursos e vontade política. Deixemos o ego de lado por um momento, Um pouco de humildade não faz mal a ninguém.


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