Não vou falar do teor do comunicado oficial da prefeitura, nem da forma, nem do conteúdo político presente no texto, e aí está o ovo da serpente buziana que vai nos picar no futuro; que continuamente contamina e desfaz a institucionalidade obrigatória nos atos públicos e oficiais.
O caso aqui é outro, e grave! Deve ser repudiado e denunciado pelo cidadão, sob pena de, no futuro, ficarmos imersos no lodo da desinformação que só interessa a quem não quer o cidadão informado.
Deixando de lado toda confusão política da última semana em torno da eleição da mesa diretora da Câmara de vereadores, o que destaco aqui é a necessidade de termos meios de comunicação que nos dê o mínimo de garantia a respeito dos fatos da cidade. Obvio que a informação de democratizou com as redes sociais, mas ao mesmo tempo a fragilidade da informação publicada nos meios digitais não resiste a ajustes ou edições.
Veja o exemplo na imagem do post. A prefeitura, através de sua página oficial, que tem fé pública como órgão governamental (pelo menos deveria ter) publicou texto de conteúdo político no sábado (1/5) para criar uma narrativa na qual o bloco dos vereadores, Raphael Braga, Gugu de Nair, Aurélio e Niltinho estaria “boicotando” o Vale Card, projeto do executivo. A narrativa, frágil e mal construída, não se manteve de pé e em menos de 24 horas obrigou a comunicação oficial a “editar” o texto do post publicado.
O momento exige que se preserve a democracia e as instituições. A transparência nos atos públicos, especialmente na informação, deve ser a prioridade dos governantes que foram eleitos democraticamente. Por outro lado, para o bom equilíbrio da democracia, é urgente um jornal independente na cidade, de preferência impresso, que circule livremente de mão em mão, livre de algoritmos e de quem não gosta de transparência.
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