O dia "D"

Pela primeira vez, e isso se deve ao efeito das mídias sociais, as entranhas de um processo que envolve um poder - o legislativo -  estão expostas para quem quiser assistir. 

Os debates acalorados e, até certo ponto, reveladores, entre os vereadores do PDT, Messias Carvalho e Felipe Lopes, deram ao público uma noção dos interesses envolvidos nessa disputa. Basta fazer a leitura.

O que o vereador Felipe Lopes quer?

Não é difícil entender. Felipe Lopes tem pretensões muito além da presidência da Câmara. 
Para sobreviver politicamente em Búzios, o vereador precisa de duas coisas: estar bem com o legislativo e  com o executivo. Ainda não existe em Búzios, vereador com maturidade suficiente para uma política que não seja assistencialista.

Além disso, vereador sempre tem a pretensão de ser prefeito. Alguns aspirantes a esse cargo  apostam no baixo desempenho que  Dr. André possa vir a ter como prefeito e um possível desgaste irreversível de Mirinho Braga para lançarem seus nomes para 2016.

O que o vereador Messias Carvalho quer?

Quase a mesma coisa que qualquer outro vereador. Com uma diferença. Messias é um pedetista histórico, com raízes profundas e bem fundamentadas em conceitos partidários. Messias, também tem outras pretensões, - para prefeito talvez -, mas essas estão mais ligadas ao grupo a qual pertence. 

Sua posição em relação à presidência da Câmara segue na direção de um grupo mais fortalecido, como ele disse: "para enfrentar o novo cenário político."

Leandro Pereira x Henrique Gomes

Esses são os nomes lançados para a presidência da Câmara defendidos respectivamente por Felipe e Messias. A disputa verbal entre esses dois ultrapassou a tribuna e chegou a rede social. Messias insinua que Felipe Lopes está defendendo interesses de especuladores imobiliários que supostamente apoiam uma indicação de Leandro para a presidência.

- Sei que V.Exa. pode (E DEVE) começar, ou melhor, continuar falando! Sugiro que o faça confirmando ou negando boatos sobre seu apoio à candidatura de Leandro, "FECHADA" em reunião realizada na Península (imobiliária). - disse Messias em um comentário no Facebook.

Felipe por sua vez rebate a acusação afirmando que Messias defende também outros interesses apoiando um candidato de outro partido - Henrique Gomes (PP). E chega a acusar o vereador de estar fazendo lobby em favor de um suposto "milionário".

- O senhor tem muito o que explicar. Fora as inúmeras reuniões feitas na mansão de um milionário que está no comando de toda esta articulação.- afirmou Felipe Lopes também no Facebook.

Lorram. O fiel da balança

Se há uma pessoa que pode colocar um ponto final nessa história, o vereador Lorram é o que Roberto Carlos chama de "O cara".

Para Lorram, duas coisas estão pesando. Uma é o seu futuro político, que precisa ser mantido com o já conhecido kit básico de sobrevivência do vereador.  A outra é futuro político de Mirinho Braga.

Como se fala no popular, com o "umbigo enterrado" no quintal de Mirinho, Lorram tem uma imensa dívida de gratidão com o prefeito que está de saída. Foi considerado, nos últimos anos, o "queridinho". Talvez tenha sido o vereador mais atendido pelo prefeito. Suas indicações e propostas eram tratadas quase com afeto de um "pai".

O voto de Lorram é decisivo. Ele é quem decidirá nas próximas horas como essa disputa terminará. 

A lição de Toninho Branco

Ao sentar-se no poder, o novo prefeito e seu grupo político estarão diante de duas alternativas que, dependendo da escolha, poderá  'pautar' politicamente a sua administração.

Foto: Facebook

O adversário.

Não há nada pior para um político no poder que a ausência de um rival, um adversário ou uma oposição. A frase pode soar estranha, mas é exatamente isso que acontece para o bem ou para o mal do político e, consequentemente, da cidade. Dependendo do foco político que o novo governo definirá, a escolha poderá traçar os rumos da administração e da cidade.

Toninho Branco x Mirinho Braga

Quando assumiu em 2005, falaram para Toninho Branco com sotaque francês. - Precisamos tirrar Mirrinha Braga do párreo.

Essa orientação teve o peso de um decreto e passou a vigorar desde o primeiro dia daquele governo. Todos os setores políticos do poder passaram obsessivamente a trabalharem numa só direção: eliminar  Mirinho Braga, o maior rival no cenário político.

Na concepção daquele governo, retirar as opções do eleitor, abriria caminho para um projeto de poder mais longo e obrigaria a aceitação popular para o baixo nível administrativo que viria a seguir.

Tô nem aí.

Com a meta estabelecida, as manobras políticas definidas e a certeza que Mirinho não voltaria para uma futura disputa, um efeito colateral se revelaria nas urnas.

“Quando o político olha para o horizonte e não vê nada que possa lhe causar ameaça, involuntariamente se acomoda.”

E Toninho, mesmo sendo político com certa experiência, não conseguiu escapar dessa regra.

Mirinho, seu principal adversário, teoricamente estava fora do páreo. Seu grupo político iria se desfazer e não teria, como nunca teve, qualquer condição de estabelecer uma oposição que pudesse ameaçá-lo.

Para o governo Toninho Branco, era necessário somente “tocar a bola”, e ganhar a partida. Ledo engano.

Toninho Branco X Toninho Branco

Toninho Branco pagou caro por sua obsessão.

Mesmo com toda força utilizada para impedir seu adversário de concorrer nas eleições que viriam, as tentativas falharam e o ex-prefeito Mirinho Braga conseguiu oficializar sua candidatura e disputar a prefeitura.

A cidade, que havia sido colocada como opção “b”, estava desfigurada administrativamente e moralmente.

De maneira geral, para a opinião popular, as dificuldades internas que Toninho Branco enfrentou por quase todo mandato, os gastos públicos exagerados que engessaram sua administração e adiaram investimentos na cidade. As denúncias e condenações contra membros importantes do governo. A falta de planejamento macro, o excesso de improviso e principalmente a ausência política da figura do prefeito, foram suficientes para confirmar uma derrota esmagadora nas urnas.

O adversário ou a cidade?

A lição de Toninho Branco é clara. O governo e a cidade precisam de um desafio a ser vencido. A oposição, mesmo aplicada com dose político-partidária, gera 'efeitos colaterais' positivos para quem ocupa o poder.

A história política recente da cidade apresenta exemplos e ressalta a importância de uma oposição para a saúde política de quem ocupa o cargo máximo no município.

Em contra-partida, a resposta do poder a qualquer oposição é o trabalho prestado à população.

O foco do poder público é a cidade. E o êxito sobre a oposição é o trabalho e a competência.

U.F.C ( Uma Farsa Combinada)

"A pelada de Solteiros X Casados que acontece em Búzios, é a única modalidade séria do esporte atual"

Júnior Cigano: "Nunca ganhei (quer dizer), apanhei tanto numa luta"

Dom King, o rei das lutas de Boxe e rei das lutas combinadas nas casas de apostas deve estar com inveja de Dana White, diretor do UFC. Há muito tempo não via uma luta tão armada quanto esta. Logo agora, que o UFC começava a parecer um esporte sério, acontece uma coisa dessas.

Quem conhece um pouco do esporte, percebeu a postura do lutador Júnior Cigano diante do adversário. Guarda baixa, atitude passiva diante dos golpes. Uma apatia muito suspeita diante de uma luta tão importante quanto a defesa do seu cinturão.

O objetivo da "combinada" não deixa dúvida. Provocar mais uma luta pelo título e faturar mais dólares. Pelo jeito, só existe uma modalidade de esporte sério na atualidade. A pelada de solteiros x casados que acontece em Búzios.

Xadrez-político - Notinhas do Forrest Bump

 Xadrez político.
O vereador Leandro Pereira (PSDB) será o primeiro presidente da Câmara a residir fora da 'Península'. Os antecessores eram do Centro ou de Manguinhos. Para conquistar a presidência, Leandro deve levar os votos de Genilson e Zé Márcio (PSC), e Felipe Lopes (PDT).

Xadrez político II.
Leandro só não leva a presidência da Câmara se o vereador Lorram (PDT) não cumprir o pacto de fidelidade que fez com Felipe Lopes. E sabem como é. Palavra de vereador para vereador não falha. De vereador para prefeito, às vezes sim.


Nativos em baixa
Com exceção de Genilson Drumond, que abriu mão de sua vaga na câmara de vereadores, ninguém "da terra" está capacitado para trabalhar no primeiro escalão na nova administração.

Nativos em baixa II
Aliás, Genilson só comprovou sua capacidade 'técnica' para o cargo porque tem currículo "de votos" como vereador. 

Mim ser buziano.
Uma preocupação tem surgido por parte de alguns membros do novo governo mais familiarizados com o universo político buziano: a falta de identificação de alguns, ou de quase todo o primeiro escalão em relação as peculiaridades da cidade. É que tem secretário que ainda não sabe onde fica o pórtico da cidade.

Foto: Folha de Búzios

Congestionamento alternativo.
Em Búzios nessa alta temporada, o motorista terá duas opções agradáveis para sair do centro da cidade: pode escolher o engarrafamento da via principal ou ficar preso na via alternativa. A boa notícia para quem escolhe a segunda opção é poder assistir ao pôr do sol, - obviamente saíndo de casa três horas antes.

Nada receptivo
Uma turista que vinha do aeroporto galeão em um transfer para Búzios, de uma empresa de receptivo turístico muito conhecida na cidade, perguntou ao guia de bordo qual o melhor roteiro para fazer na cidade. Ouviu surpresa a sugestão para fazer todo seu passeio em Arraial do Cabo. Segundo o guia, os restaurantes de lá são mais baratos e as praias mais bonitas.

Nada receptivo II
No Alabama, é comum guias turísticos serem agraciados com comissões por indicação. Pelo jeito, as beleza$ naturais e a boa ga$stronomia cabista estão mais atrativas.


Bom final de semana

Começar uma administração não é fácil

A euforia do primeiro dia e a satisfação de ver à sua volta, todos os companheiros de campanha. Os puxa-sacos e os "novos" amigos derramando elogios e perguntando se o cafezinho é com açúcar ou adoçante, e dizer que tudo que o prefeito vai fazer está certo.

Começar uma administração não é fácil.

As declarações de boas vindas de deputados e secretários de estado. As correspondências com palavras bonitas das associações e entidades civis desejando uma boa administração. As boas críticas da imprensa com elogios a cada ação da nova administração e os artigos escritos por formadores de opinião, que falam com otimismo sobre o novo governo e enaltecem a nova ordem política.

Começar uma administração não é fácil.

Receber apoio de vereadores que estão dispostos a fazer o "melhor" pela cidade, e dar como presente de final de ano a presidência e maioria na câmara. E de quebra, ainda receber plenos poderes para remanejar 50% de um orçamento de 200 milhões de reais. 

Vida de prefeito em início de mandato não é fácil.

João Bosco - Linha de passe

Virtuosismo, talento e ritmo brasileiro. Linha de passe é uma das músicas mais marcantes do repertório de João Bosco. Nessa performance, João toca ao lado de um dos maiores músicos brasileiros: Yamandú Costa.

Notinhas do Forrest Bump

No ar.
O ex-prefeito de Araruama, Chiquinho da Educação, que alguns consideram co-responsável pela vitória do prefeito eleito Dr. André, estará, segundo foIntes, de volta à cidade. Busca uma rádio, com um microfone bem potente e promete falar tudo que sua garganta permitir.

No ar II
Chiquinho fez em 2011 uma verdadeira cruzada política rumo à prefeitura. E como é de conhecimento público, o ex-prefeito de Araruama foi acometido por um câncer na faringe e afastou-se para tratamento. Com a baixa de Chiquinho, o PSC-Búzios ficou sem nome para a disputa e Dr. André foi escolhido como o candidato a prefeito. Foi eleito.

Amnésia.
O vereador Gugu de Nair, que ainda nem assumiu, tem cobrado de alguns de seus pares, posturas mais 'firmes' em relação a algumas pautas.  Como se sabe, assim como no Alabama, em Búzios vereador também sofre da síndrome que afeta a memória em períodos de mudança de governo. E isso faz com que o edil, às vezes, se esqueça de onde veio e para onde vai. É triste.

Deliberou geral
O PDT- Búzios, que teve entre seus eleitos, o vereador Lorram Silveira, Felipe Lopes e Messias Carvalho, deliberou em reunião no último dia 21, a escolha do vereador Henrique Gomes (PP) para a presidência da casa no biênio 2013-2014.

Deliberou geral II
A idéia não agradou muito. Lorram (PDT) já havia lançado seu nome para presidência e com isso teve de abortar causando um mau estar entre os colegas. Mas quem não gostou nada mesmo foi Felipe Lopes (PDT), que sentiu-se traído pelos companheiros de partido. Em seu ponto de vista, o PDT deveria ter deliberado em favor de um vereador do próprio partido.

Aprendi, Maluf
42 secretarias, foi o que anunciou o prefeito eleito de Cabo Frio, Alair Correa (PP), do mesmo partido de Maluf. Tem até secretaria de estatística (?). Se confirmar esse número, A prefeitura de Cabo Frio passa a ter mais secretarias que o estado inteiro do Alabama.

Tinta borrada
A Imprensa é a instituição que mais perde credibilidade no Brasil nos últimos 3 anos, pelo índice de confiança social do Ibope. A velha mídia, além da perda  de um de seus pilares, o "furo", "o inédito" para a nova mídia, vem perdendo espaço também  no seu principal conceito: a confiança do leitor. Com isso, a nova imprensa, através das mídias sociais e blogs, cresce espontânea, interativa e acima de tudo livre. Péssima impressão para a velha imprensa.

O eleitor: o personagem principal

"É importante aqui relembrar que há algum tempo, a maioria de nós buzianos nativos nunca elegeria alguém que fosse de outro município. Doutor Andre sempre atendeu a todos os buzianos com a sua competência, mas para os nativos, isso era apenas uma questão de respeito e amizade, mas nunca como uma questão de representatividade."

Eduardo Torrely*

Acredito que o governo sempre estimulou na sociedade a imagem de um prefeito imbatível politicamente, mas não se atentou ao efeito que vários fatores causariam para a mudança de cenário. Algumas delas foram causadas pelas novas mídias. Como vc mesmo sabe as mídias tradicionais já não surte tanto efeito como em anos anteriores, em se tratando de manipular informações, uma das características principais do homem que “sabe” mexer no tabuleiro. A mídia personalizada (redes sociais) nos dá a possibilidade de sermos os personagens principais da história, o que vai contra a mídia tradicional, já que esta escolhe o personagem quem quer enaltecer. 

Esta nova realidade midiática fortalece a transparência, a necessidade de interação e a democracia. Se essas três palavras são entendidas ao pé da letra, o perfil do atual gestor se torna ainda mais expressivo em um cenário que a palavra transparência é uma realidade, e a inverdade já não tem mais tanta força. Surge então a imagem de um gestor centralizador. Em outras épocas, chamaríamos de "ditador". Como todos nós sabemos o prefeito sempre utilizou as mídias tradicionais para mostrar seus pontos de vista e divulgar slogans que fortalecem a sua imagem. Exemplo: "o prefeito que mais fez por Búzios"

É importante aqui relembrar que há algum tempo, a maioria de nós buzianos nativos nunca elegeria alguém que fosse de outro município. Doutor Andre sempre atendeu a todos os buzianos com a sua competência, mas para os nativos, isso era apenas uma questão de respeito e amizade, mas nunca como uma questão de representatividade. A história começou a mudar quando o percentual de moradores em Búzios, que vieram de outros municípios, vinha aumentando a cada ano e hoje representa 59%, já os nativos representa 41%. Doutor Andre representa o médico e os moradores de outros municípios que construíram a sua história quando chegaram em Búzios.

Sobre a administração do prefeito neste ultimo mandato, Mirinho cometeu vários erros administrativos e legislativos…Iniciamos pela realização do concurso público, quando o prefeito criou o grande número de vagas se baseando em uma estrutura composta, em sua maioria, por cargos políticos não técnicos e sem perceber o art. 141 da LOM. Visão empreendedora foi o que faltou no atual prefeito. A prova disso foi não observar o aumento populacional, que vem crescendo em percentuais significativos. 

Não observadas as ações que estimulam isso: baixa capacitação da sociedade, construções excessivas de condomínios, divulgação de Búzios como uma das melhores expectativas de vida no Brasil, para moradia, alta taxa de desemprego entre moradores e a proliferação de trabalhadores de outros municípios. Segundo o sindicato dos trabalhadores, entidade que o governo nunca ouviu, 85% dos trabalhadores que atuam no setor turístico (hotéis, restaurantes, transporte, bares, etc) são residentes de outros municípios, percentual que corresponde aproximadamente 4000 empregos de carteira assinada e gera uma receita de R$50MILHOES ano. Não para por ai! Os quase R$ 3MILHOES que búzios investe no turismo, causa outra deficiência…Atrai mais estudantes de outros municípios e aumenta o número de alunos não residentes para 10%, algo em torno de 1000 (pesquise na Sec Educ). 

Se pensarmos no orçamento que é destinado a educação, 25%, 2,5%, é destinado a este fator. O Meio ambiente e a saúde também são afetados. Não que não devamos ter tais visitas e atender os alunos de outros lugares, mas o município precisa de retorno e pelo menos investir em estudos para descobrir ações que revertam este quadro. O que nunca foi feito pela atual administração. Essa foi apenas a ponta do iceberg para descobrirmos como surgiu o "desgaste natural".

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Roda Viva - Chico Buarque

Um dos grandes clássicos da Música brasileira.

Roda viva é uma peça de teatro brasileira. Foi escrita por Chico Buarque no final de 1967 e estreou no Rio de Janeiro no início de 1968, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Foi a primeira incursão de Chico Buarque na área da dramaturgia.

Durante a segunda temporada, a obra virou um símbolo da resistência contra a ditadura militar. Um grupo de cerca de cem pessoas do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), invadiu o Teatro Galpão, em São Paulo, e espancou os artistas e depredou o cenário.

Nessa versão, o grupo Mulheres de Hollanda reedita com suas vozes femininas, o sucesso que ficou marcado nas vozes do Grupo MPB4.

Fonte: wikipedia

Dr. André. O predestinado

Estar  no momento certo, na hora certa e no lugar certo. Um conjunto de situações que convergem em favor de alguém e que foge da explicação lógica. É o mesmo efeito, sem causa, que leva um ganhador da loteria apostar uma combinação de números e acertar o prêmio.

Foto: Reage Búzios

O franco-favorito

Em um cenário político atípico, - se formos comparar com os anteriores- , nessas eleições havia o que os apostadores de corrida de cavalos chamam de "o franco-favorito", - o cavalo mais cotado para vencer, sem adversários aptos para derrota-lo. Nessas eleições, somente o candidato Mirinho Braga tinha chances reais de vitória. Os demais candidatos ao título eram considerados aspirantes, de pouca envergadura, meros figurantes da competição. Não eram páreos para um adversário que já havia vencido três eleições. - Para a maioria dos eleitores, a vitória do prefeito era certa e incontestável.

O tiro da largada

Se a comparação ainda vale, cada um dos candidatos optou por uma estratégia comum: disparar com força após o tiro. E foi assim que aconteceu com os três concorrentes. Mas numa corrida, quem larga mais forte? Ora. Se for para perder, na maioria das vezes é o favorito.

Com mais história e experiência política, com maior currículo em relação aos outros concorrentes, Mirinho Braga mostrou sua força e confirmou no início da corrida eleitoral, o que todos já esperavam: a vitória certa, rápida e tranquila.

Mas e o quarto candidato?

Por que ficou parado ao 'tiro da largada' enquanto os outros saíram em disparada? Estratégia de guardar fôlego para a reta final contra o favorito e polarizar a disputa? Insegurança diante de um desafio inédito e improvável, com competidores muito mais capacitados politicamente para cruzarem o disco final? Talvez a duas coisas.

O médico

Dr. André já havia disputado outras eleições como candidato a vereador. Perdeu! Perdeu para aquele momento que não era ideal. Sua profissão, médico,  tem forte apelo "emocional" ao eleitor. O médico transmite confiança, cuidado, simpatia, entre outras coisas. A expressão 'médico da família' por si só já o insere na intimidade familiar lhe concedendo status de confiança. Em uma cidade pequena como Búzios, o médico, na maioria das vezes tem muito mais penetração familiar que o político conhecido que aparece a cada quatro anos.

O cenário desfavorável.

Aquele período não era favorável, quando Dr. André concorreu a vereador. A cidade estava recém-emancipada, os problemas eram óbvios, mas ainda aceitáveis diante das circunstâncias. O primeiro prefeito, Mirinho Braga, iniciara seu governo investindo pesado na construção e estruturação dos equipamentos de saúde no município. E isso dava à população um retorno e uma expectativa positiva quanto ao futuro. Em 2001, quando Dr. André fez sua primeira tentativa como candidato a vereador, a saúde em Búzios ainda não era vista, ou pelo menos reconhecida como um problema grave, a ponto de inseri-lo na pauta do eleitor buziano.

O momento certo

Se  a saúde no país está deteriorada, são os municípios que pagam o preço. E Búzios não fugiu a esta regra. Com índices baixíssimos de aprovação popular, a Saúde em Búzios vinha, desde 2008, amargando ano após ano, rejeição dos usuários quanto aos serviços prestados. Até 2012, apesar das inúmeras tentativas, dos ajustes e trocas, a Saúde em Búzios, ainda que bem avaliada em relação aos demais municípios,  não conseguiu transmitir ao cidadão, segurança e confiabilidade a ponto de mudar sua opinião.

Se a opinião não muda. Muda tudo então.

No inconsciente coletivo e na psicologia do eleitor, nada mais sensato e aceitável que a imagem simpática, carismática e familiar do médico. Ora. Se a Educação não vai bem, a figura competente, doce e simpática de uma professora é a que vem a mente. E se a Saúde da cidade, na avaliação do eleitor está doente, um médico é a melhor opção para reverter o quadro do paciente.

Apesar de ter participado de um governo que teve um dos maiores índices de rejeição numa eleição, Dr. André conseguiu "descolar" sua imagem daquele governo. Mesmo quando precisou surfar na máxima "pior não fica", conseguiu no boca a boca consolidar, - o que alguns chamam de mito- , sua "boa" atuação nos poucos meses em que ocupou a secretaria de saúde na administração do ex- prefeito Toninho Branco.

Sorte do vencedor

Se a corrida de cavalos ainda vale, diria que o azarão venceu a corrida. Mas com méritos. Dr. André se beneficiou de vários fatores que podem indicar sorte. Mas,  sorte o vencedor também tem. Sua insegurança no início, sua estratégia, sua profissão de médico, a precipitação e a falta de estratégia dos outros candidatos. O desgaste natural de Mirinho em seu terceiro mandato. O desejo incontrolável de mudança do eleitor em relação aos personagens do cenário político buziano. O erro grave do candidato Evandro na escolha incompatível do seu Vice, Octavinho. A aliança no momento certo com o candidato João Carrilho, enfim. Fatores que podem ser considerados sorte ou predestinação, mas que indicaram a direção que a maioria seguiu e escolheu.

Que não falte a Dr. André nenhum desses elementos à sua administração. Afinal de contas, "sorte" se conquista com trabalho e competência. E a predestinação pode representar meramente o resultado de um bom trabalho.

Boa sorte para Búzios.

Papai Noel nos trópicos

Acho uma coisa tão descabida o papai noel ser papai noel. É a maior prova do quanto somos colonizados culturalmente. Um personagem que vem de uma cultura nórdica, do frio do polo norte, que só pela vestimenta já afronta o bom senso de quem vive num país tropical e quente.

A força comercial desse personagem é tão forte que penetrou os sentimentos de gerações a ponto de tratá-lo como uma figura paterna que, em nome da fantasia e das fábulas, é defendido como um símbolo do amor e do espírito natalino.

Papai Noel era assim antes da Coca-cola

"Infelizmente eu não existo." - Afirma Papai Noel

Lógico que Cristo não nasceu dia 25 de Dezembro. E daí? 

Roma fez com esta data, o que qualquer regime com o mínimo de democracia faria nos dias de hoje. Agradar a vontade popular e conciliar interesses políticos.

E foi isso que aconteceu. Um império "pluralista" que concentrava povos, costumes e religiões diversas, que queria acima de tudo, o controle sobre o cidadão romano, tentava na medida do possível equilibrar o estado de coisas daquele período.

Com o crescimento rápido do cristianismo, mas ainda com resquícios fragmentados e importantes de outras religiões e culturas, não deixou outra opção para Roma, senão adequar datas e conciliar interesses religiosos ao novo regime religioso em crescimento.

Foi assim com o natal. Uma festa anteriormente pagã, dedicada ao deus Mitra, divindade venerada pelos persas (Irã atual) que era comemorada no dia 25 de dezembro no solstício de inverno ( hemisfério norte) o dia mais curto do ano.

Mas olhando por outro lado, a ação política de Roma desbancou a festa pagã e marcou para sempre a data do nascimento de Cristo, que deve ir além de datas ou períodos, devendo ser festejada pelo valor simbólico a ela atribuída: o nascimento do salvador

Quanto ao Papai Noel... isso é outra história.

O resto do mundo está errado

Uma polegada equivale a 2,54 centímetros. Uma milha corresponde a 1.609 metros. Esses exemplos mostram como os EUA estão distantes dos padrões de peso e medidas utilizados pelo resto do mundo.

Para ordenar as datas, por exemplo, o americanos utilizam a primeira dezena correspondente ao mês, a segunda para o dia e a terceira para o ano.

Assim acontece com outros padrões de medidas que somente eles utilizam, como "jardas" para medir distâncias ou "fahrenheit" para medir temperatura.

Vejam a tabela de pesos e medidas, seus equivalentes no resto do mundo e comparem o quanto os americanos gostam de complicar.
Ou, provavelmente estamos errados. :)

Veja mais informações sobre unidades de pesos e medidas;

As pirâmides

Inconsciente coletivo? Entidades espirituais comuns ou Alienígenas? 

Ninguém pode dizer com certeza qual o fenômeno que ocorreu em diferentes povos, que não tinham entre si qualquer tipo de comunicação, para que construíssem edificações tão semelhantes.

E as pirâmides são apenas uma parte desse enigma. Rituais, veneração a entidades e práticas culturais são muito semelhantes entre esses povos antigos. Manifestações artísticas também. Pinturas, esculturas e artefatos religiosos.

O Homem do ano

Apesar de discordar de algumas de suas posições durante o julgamento do mensalão, e deixando de lado qualquer juízo de valor sobre sua postura pessoal ou sobre suas pretensões políticas, se há!

É impossível não pensar em Joaquim Barbosa como o personagem que ocupou o maior espaço no cenário nacional como figura de destaque em 2012.

Ainda que se ache exagerada sua postura pessoal e institucional ou sua rigidez na sua condição como relator do mensalão, entendemos que, se houve exageros, foi necessário para que o exemplo fosse dado.

- Existiu até hoje, com exceção do caso Collor, alguma oportunidade melhor para ferir com força mortal o sistema corrupto que escorre pelos dutos do poder, do que esse caso do Mensalão? Não me lembro.