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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Claudio Mendonça, secretário de Educação de Búzios. Figuraça da semana


Foto: Blog Comunica Búzios



Envolvido em polêmicas já no início de sua função como secretário de Educação de Búzios, Claudio Mendonça talvez seja o membro do primeiro escalão do governo André Granado mais distante da realidade de Búzios e de suas peculiaridades. De personalidade forte e até mesmo altiva - parece ser uma característica do governo - o secretário já enfrenta críticas intensas, especialmente no que diz respeito à filosofia de trabalho implementada em sua gestão, que mereceu destaque do vereador Felipe Lopes em discurso na Câmara de vereadores classificando-a como "impessoal", distante do perfil buziano e seu potencial individual, quando na última sessão abordava sobre o processo seletivo para os professores e os efeitos negativos para os profissionais buzianos. (veja o vídeo do pronunciamento do vereador no facebook

O secretário ainda pisa em terra estranha, e pelo que mostrou em entrevista à jornalista Iva Maria na Rádio Estação 104 fm na última terça-feira, ainda não conseguiu sair da tese para a prática, especialmente quanto ao confuso início do ano letivo, que mostrou ao aluno um cenário com escolas desarrumadas e com falta de professores, que levou segundo relatos, pais e mães desses alunos a suspeitarem que medidas paliativas (brincadeiras e jogos) estariam sendo aplicadas para suprirem a falta de professores.

Inicialmente a versão do secretário para este problema foi a convocação do concurso público feita neste ano - versão prontamente desmentida pelo ex-prefeito Mirinho Braga que publicou em seu blog, edital que mostra a convocação dos 422 concursados ainda na primeira quinzena de dezembro de 2012. Depois o secretário apresentou uma segunda versão e alegou que o problema da falta de professores se deu pelo atraso na posse dos novos concursados.

Com a exposição do secretário, veio à tona nas mídias sociais e blogs, sua história à frente de instituições educacionais, como a FME - RJ, fundação que o secretário geriu e que segundo o blog VotoNulo, foi apontada em matéria do jornal O Globo caderno Niterói como "a campeã de irregularidades entre as fundações de Niterói". 

O secretário se mostra preparado para a função - pelo menos no discurso - e Búzios, talvez seja o desafio mais complexo de sua carreira, primeiro por suas particularidades como cidade "ex-vila de pescadores", que é ao mesmo tempo primitiva e cosmopolita. Segundo, pela necessidade de uma política educacional consistente e ampla - como o secretário ressalta - que fez falta nos últimos anos. E por último, pela visibilidade que seu trabalho terá para o bem ou para o mal de Búzios. 






Um comentário:

  1. A questão não é ser daqui ou não. A Constituição Brasileira proíbe a discriminação de brasileiros. Essa regra vale tanto para o concurso quanto para o processo seletivo. O que havia antes era um sistema de indicações que somente tinha acesso quem era apadrinhado. Professor não é cargo de confiança. Esse modelo clientelista contraria o interesse de alguns políticos e pessoas influentes que perdem poder. Vamos examinar a folha de contratados de setembro de 2012? Vamos ouvir o Ministério Público a respeito? Vamos verificar quem indicava quem e dar publicidade a isso? Vamos pedir uma Inspeção Especial do TCE nessa folha? Você acha ruim o processo seletivo, mas defende o que? Nós inserimos no edital nada menos do que 15 pontos para os professores que tivesses experiência profissional na nossa rede, conhecesse a nossa realidade. Isso tem amparo legal, mas excluir do processo um não morador? Com base em que? Valorizar os filhos dessa terra se faz qualificando a mão de obra em educação profissional. Oferecendo escolas de qualidade. Esse modelo coronelista não tem respaldo legal e já foi extirpado nas cidades mais desenvolvidas. Veja como funciona no governo do estado do Rio de Janeiro ou na Prefeitura do Rio. Os Deputados perderam o poder de interferir nas escolas, hospitais e quartéis da PM. Os políticos reagiram, mas a opinião pública foi a favor e os sistemas melhoraram.

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