A mídia social é uma janela aberta no quarto escuro do anonimato
Observem como o facebook faz jus a seu nome em inglês, que em tradução livre seria mais ou menos como "livro com a sua cara" ou algo assim.
Mas o sentido real e a que se propõe essa mídia social, a tradução caberia melhor se fosse algo como "livro aberto sobre você mesmo", ou "sua vida é um livro aberto". – Talvez este último seria o melhor termo.
Mas o sentido real e a que se propõe essa mídia social, a tradução caberia melhor se fosse algo como "livro aberto sobre você mesmo", ou "sua vida é um livro aberto". – Talvez este último seria o melhor termo.
O livro "Mentes Perigosas" de Ana Beatriz Barbosa Silva - chato pra caramba - descreve o perfil dos psicopatas e sua natureza destruidora. Relata o comportamento oportunista dos psicopatas e suas estratégias para se adaptarem da melhor maneira possível ao perfil de suas vítimas. Na concepção desses assassinos sociais, o caminho mais curto para chegarem até suas presas e alcançar seus objetivos destruidores é pela via da afinidade. Saber o que a pessoa gosta ou faz. Saber quem são seus amigos, o que pensa sobre a vida, quem são seus familiares, seus interesses e aí darem o "bote".
"É como um vício que precisa ser alimentado constantemente com doses de auto-afirmação cada vez mais intensas"
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O Facebook é uma ferramenta sedutora, pois pela primeira vez na história da comunicação, todos são o foco, a mídia e o emissor de informação. Com o Facebook experimentamos muito mais que os 15 minutos de fama prometidos no filme “15 minutos". Se quisermos, estaremos 24 horas por dia expondo o que somos, queremos ou fazemos, dando de "prato feito" para quem quiser ou se interessar em saber, um perfil completo sobre nós mesmos.
A sedução de estar no foco é irresistível e muitas vezes maior que o queremos transmitir ou informar. Para alguns, essas mídias revigoram suas personalidades, inflam egos e as mantém na pauta social. É como um vício que precisa ser alimentado constantemente com doses de auto-afirmação cada vez mais intensas. - Uma janela aberta no outrora quarto escuro do anonimato.
Deixando as mentes perigosas de lado, até onde convém expor aspectos íntimos de nossas vidas a troco de algumas curtidas ou comentários? Qual é o melhor uso para as mídias sociais? Profissional ou o pessoal? Se for pessoal, que tipo de informação convém disponibilizar? E por último, quem é o foco, nós, ou o que queremos dizer ou transmitir?
Uma coisa é certa. Estamos "engatinhando" no uso dessas novas mídias; o nível e a intensidade das informações que publicamos ainda não pode ser mensurado em seus efeitos, e por estarmos todos interligados nessa rede, só saberemos o preço de nossa exposição no futuro.
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