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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Calma, gente

"Uma semana é muito pouco. Em oito dias de administração não dá tempo nem de achar a caneta na gaveta."



Todo início é difícil, não tem jeito.

Assim que o prefeito senta na cadeira, no primeiro dia, os problemas começam a surgir. E aí, o buziano começa a colocar em pratica seu hobby preferido: reclamar

É verdade que alguns setores reconhecidamente problemáticos, especialmente a coleta de lixo e o atendimento no hospital, que apesar de estarem acontecendo, apresentam uma certa desorganização nesse início.

Um paciente que foi atendido no hospital comentou sobre os procedimentos internos que ainda estão confusos, especialmente na realização de exames e consultas que não seguem um procedimento padrão, causam atrasos e ignoram a prioridade para o grau de gravidade de cada paciente.

- Fiz a coleta de sangue e a funcionária pediu que eu levasse até o laboratório de análise. Achei estranho, pois ela deveria ter feito isso.  E foi o que confirmou a funcionária do laboratório. Em outra situação, a enfermeira me pediu que eu tomasse o remédio receitado, mas não tinha copos plásticos para ingerir a medicação - relatou.

O lixo também apresenta problemas de acúmulo em algumas áreas da cidade. No centro, por exemplo, a Rua das Pedras amanheceu com uma grande quantidade de lixo espalhado em sua extensão que ainda não havia sido recolhido. O radialista Edson Ramos comentou em seu perfil do Facebook sobre a situação que estava a Rua das Pedras na manhã de ontem (segunda-feira).

"O que está acontecendo com a coleta de lixo aqui em Búzios??? Se no centro aonde trabalho está assim largado, pensem em como está a montanha de lixo na Cem Braças!"

Quanto a coleta de lixo, as razões são óbvias e exigem paciência da população. O movimento intenso na cidade, que recebe nesse início de ano quase 200 mil visitantes, certamente é uma das causas principais da sobrecarga dos serviços, inclusive de serviços de empresas privadas como telefonia, energia elétrica e abastecimento de água.

Outra causa pode ser devido a falta de 'conhecimento de território', por parte do setor responsável, quanto aos itinerários e os bairros com maior demanda de recolhimento de lixo nesse início de ano. 

No caso do hospital, uma das razões pode ser o reaproveitamento de alguns funcionários da administração anterior que estão sem qualquer garantia que ficarão em seus cargos. Essa insegurança, gerada por uma provável exclusão interna  por serem de outro grupo, e talvez até por falta de um esclarecimento formal da chefia quanto ao futuro de cada um, pode ser a causa da falta de coordenação e entrosamento entre os funcionários e consequentemente os serviços.

Não era de se esperar outra coisa. A saúde e os serviços públicos são a primeira pedra no sapato de qualquer início de administração, ainda mais em uma cidade como Búzios, onde não faltam pedras para sapatos. E uma semana é muito pouco. Em oito dias de administração não dá tempo nem de achar a caneta na gaveta. Calma, gente.



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